13 de agosto: Liberdade, resistência, unidade e indignação
Houve uma série de atividades em defesa da educação nas cidades de Arcoverde, Caruaru, Petrolina, Palmares, Garanhuns, Cabo de Santo Agostinho, Gravatá, Vitória de Santo Antão, entre outras cidades.
Publicado: 14 Agosto, 2019 - 12h45 | Última modificação: 15 Agosto, 2019 - 10h46
Escrito por: Imprensa CUT PE
A CUT Pernambuco, estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais e populares, além de trabalhadores, saíram às ruas e avenidas, nesta terça-feira (13/08), no Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves, contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos. Pela manhã, escolas e universidades federais suspenderam atividades no Recife e realizaram aula pública e manifestações, com participação da CUT, contra os cortes de verbas em universidades, institutos federais, além do programa Future-se, que pretende ampliar a participação do investimento privado nas instituições públicas de ensino superior, além da criminosa reforma da Previdência de Bolsonaro. Também houve uma série de atividades em defesa da educação nas cidades de Arcoverde, Caruaru, Petrolina, Palmares, Garanhuns, Cabo de Santo Agostinho, Gravatá, Vitória de Santo Antão, entre outras cidades pernambucanas. Liberdade, democracia e resistência.
No Recife,o ato reuniu mais de 50 mil pessoas em defesa das universidades públicas, em favor da educação básica, do ensino médio e de todos os setores que têm sido atacados pelos desmandos do Governo Bolsonaro. Os manifestantes se concentraram à tarde, na Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, mais precisamente em frente ao colégio Ginásio Pernambucano (GP), uma das escolas estaduais que aderiu ao movimento nacional com presença maciça dos estudantes e professores. A estudante GP, Clarice Santos, enfatizou a participação dos estudantes para resistir contra os desmandos do governo federal. “É um desrespeito do governo Bolsonaro e seus bajuladores políticos. A rua é nosso lugar para denunciarmos oss cortes das verbas da educação, perda de bolsas de estudo, de investimentos. Foi um corte de R$ 95 milhões. A universidade pública é um direito de todos”, comentou.
O presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, disse que o Dia Nacional de Lutas no Recife e em mais de 10 cidades superou expectativas com atos públicos e manifestações em várias cidades do Estado. “ O dia de hoje marcou a retomada da luta contra a reforma da Previdência e em defesa da educação pública. A previdência que está sendo posta impede a classe trabalhadora de se aposentar com dignidade. Vamos trabalhar até morrer. Esse projeto foi aplicado no Chile, Colômbia, Peru, México, tem causado desgraça em homens e mulheres. No Chile, nos últimos anos, quase mil pessoas idosas cometeram suicídio, porque não conseguem sobreviver com a previdência que foi implantada por Paulo Guedes, atual ministro da economia de Bolsonaro”, acentuou.
Na opinião do secretário de Comunicação e Imprensa da CUT-PE, Fabiano Moura, as manifestações das ruas continuam dando um importante recado aos que estão hoje no poder executivo. Segundo ele, as escolha do governo Bolsonaro em eleger a Educação como principal inimiga, deixa clara a intenção do governo e seus apoiadores em atacar os (as) formadores(as) de opinião e tentar estabelecer o pensamento único. "A tônica desse desgoverno é a mediocridade, aliada aos ataques à classe trabalhadora, a criminalização da pobreza e a retirada de direitos. Por isso, só a luta pode garantir que possamos avançar na resistência, na construção de uma grande Greve Geral geral no país, contra os retrocessos, desmandos e atrasos em todas as áreas e segmentos da sociedade", ressaltou.
Quando o relógio marcou 16h30, os manifestantes começaram a caminhada. Eles exibiram faixas, cartazes, banners que denunciaram o bloqueio do governo federal e a reforma da Previdência. Vários trios elétricos participaram da mobilização. Nas ruas , o grito de protesto fez eco: “Eu tô na rua, não abro mão da Previdência e da Educação” e recebeu inúmeros aplausos e gestos de solidariedade por onde passou. O ato, com entusiasmo e participação de todos e todas seguiu pelas Ruas João Lira e do Hospício, Avenida Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes e Praça da Independência.
Vale lembrar que este foi o terceiro ato público seguindo de caminhada realizado por estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais, populares e de sindicatos contra os bloqueios na educação e a reforma da Previdência. O primeiro deles aconteceu em 15 de maio e o segundo, no dia 30 do mesmo mês.