Recife: 7 de agosto marcado por luto, luta e resistência!
Na sexta-feira já eram 98.644 mortes - mais de 6 mil apenas em Pernambuco. A mobilização também fortaleceu a campanha #ForaBolsonaro, pelo impeachment do presidente.
Publicado: 09 Agosto, 2020 - 12h24 | Última modificação: 09 Agosto, 2020 - 12h43
Escrito por: Assessoria de Comunicação da CUT-PE com informações adicionais da CUT Nacional
Em ato simbólico, no Dia Nacional de Luto e de Luta em Defesa da Vida e do Emprego, sexta-feira passada (07/08), na Praça da Democracia, bairro do Derby, no Recife, a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), centrais sindicais, movimentos sociais e populares realizaram atividades como por exemplo: exibição de cartazes, banners e faixas no nos semáforos do cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias de acesso aos bairros da Zona Sul, mas sem atrapalhar o trânsito e respeitando o distanciamento social. Em sinal de protesto e luto pelas 100 mil vítimas do Covid-19, balões pretos lançados ao ar, além de cruzes foram colocadas no canteiro da praça. Na sexta-feira já eram 98.644 mortes - mais de 6 mil apenas em Pernambuco. A mobilização também fortaleceu a campanha #ForaBolsonaro, pelo impeachment do presidente.
Logo cedo nas ruas de Carnaubeira da Penha, sertão de Pernambuco, as. trabalhadoras ligadas ao Sindicato de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da cidade fizeram um ato em frente à sede da entidade com cartazes pedindo o fim do governo Bolsonaro. Na cidade, foram colocados inúmeros lambe lambe na sede do Sindicato denunciando as 100 mil mortes pela Covid-19. Em Petrolina, no Vale do São Francisco, trabalhadores distribuíram panfletos em alguns pontos da cidade. Em Garanhuns, no Agreste do estado, foi realizado um ato simbólico na Comunidade Quilombola de Atoleiro, no município de Caetés, com plantio de mudas.
A CUT-PE, uma das organizadoras do ato, destacou que a ação foi feita, também, para repudiar as atitudes do governo de Bolsonaro e aliados, além da falta de postura do Ministério da Saúde no combate à pandemia. Segundo o presidente da entidade em Pernambvuco, Paulo Rocha, a política do governo Bolsonaro tem contribuído para o avanço da pandemia no Brasil; a gestão só faz mal ao País. E acrescentou: "Retirou recursos da pesquisa, retirou dinheiro da educação, principalmente da pesquisa nas universidades, retirou mais de R$ 6 bilhões da Saúde e tem feito políticas para retirar os direitos da classe trabalhadora, condenando-a à morte. Por isso, para a gente impedir que o golpe avance para um golpe militar e recuperar a importância do serviço público no Brasil, para a gente garantir o nosso patrimônio e nossa liberdade, hoje é dia de 'fora Bolsonaro'".
As manifestações e atos Dia Nacional de Luto e de Luta Fora Bolsonaro, começaram logo cedo em todo o País. Os protestos foram realizados por vários motivos, como o ataque à democracia, a liberdade de expressão, a entrega do patrimônio nacional, através da privatização de empresas estratégicas para o desenvolvimento do Brasil, contra o desemprego e a falta de uma política econômica que retire o País da grave crise que enfrenta na atualidade A mobilização levada à Praça da Democracia, no Recife, foi marcada pelo sentimento de solidariedade às famílias das cerca de cem mil vítimas da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que poderiam ter sido evitadas devido à irresponsabilidade do atual governo.
De acordo com o secretário de Finanças e Administração da CUT-PE,Fabiano Moura, as centrais sindicais em todo o Brasil, movimentos sociais e populares, estão realizando vários atos públicos simbólicos “Fora Bolsonaro”. “Estamos hoje, dia 7 de agosto, nesse ato de luta e resistência Fora Bolsonaro. É preciso dizer em alto em bom som Fora Bolsonaro, Fora essa política que está destruindo o País, retirando direitos da classe trabalhadora, provocando mortes e mais mortes de um governo sem responsabilidade ”,ressaltou.
Por outro lado, o ato nacional na Praça da Sé, no centro de São Paulo, foi marcado por um protesto pela vida e pelos empregos, que exigiu o fim do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), formado por um grupo incompetente e omisso, que não conseguiu coordenar uma ação nacional para combater o novo coronavírus, nem criar uma política de manutenção dos empregos e da renda.
Organizado com os cuidados para se evitar aglomerações e manter o distanciamento social necessário para evitar a contaminação, o presidente da CUT, Sergio Nobre destacou que o “objetivo com este dia de luta, o 7 de agosto, nunca foi colocar milhares de pessoas na rua, no mesmo local, porque somos defensores da política de isolamento social para enfrentar a pandemia. Mas muitas dessas milhares de mortes teriam sido evitadas se o governo tivesse feito seu trabalho com competência desde o início da pandemia”.