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Ato contra privatização da Caixa reúne centenas de pessoas na Ilha do Leite

Marcado pela insatisfação da população com o desmonte dos programas sociais promovido pelo governo Bolsonaro, o ato realizado em frente a Caixa – Ag. Ilha do Leite contou com o apoio do MNLM.

Publicado: 10 Maio, 2019 - 11h38 | Última modificação: 10 Maio, 2019 - 11h45

Escrito por: SEEC-PE

SEEC-PE
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Neste Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco reuniu mais de 300 pessoas em um forte ato público contra a privatização da estatal. Marcado pela insatisfação da população com o desmonte dos programas sociais promovido pelo governo Bolsonaro, o ato realizado em frente a Caixa – Ag. Ilha do Leite contou com o apoio do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM).
 
A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destacou a importância dos programas sociais para população de baixa renda e os riscos que a privatização da Caixa representa para o desenvolvimento econômico e social do País. “Nós bancários sabemos da importância da Caixa para manutenção dos programas sociais que atendem milhões de brasileiros. O governo não quer investir em moradia, saúde e educação. Não quer que a gente trabalhe, se aposente e tenha o que comer. Por isso, vamos para as ruas barrar a privatização, assim como impedir a aprovação da reforma da Previdência”, afirma.
 
O ato foi convocado em razão do leilão das Loterias Caixa (Lotex), que estava marcado para esta quinta-feira (9). Porém, a pressão da categoria bancária em todo o País garantiu o adiamento do certame pela sexta vez. Conforme aviso da Comissão de Outorga do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a nova data prevista para realização do leilão é 28 de maio.
 
 
“Vamos permanecer mobilizados contra o fatiamento da Caixa, não apenas em defesa dos nossos empregos, mas principalmente do papel social dessa empresa. As loterias transferem quase 40% do seu lucro para programas sociais. Isso só acontece porque a Caixa é um banco 100% público”, reforça a dirigente sindical e empregada da Caixa, Gina Ramo.
 
No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Em 2017, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal relacionados à seguridade social, à educação (Fundo de Financiamento Estudantil- Fies), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde). Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%.
 
Centenas de pessoas chamaram palavras de ordem em defesa da Caixa 100% pública e pelo direito à moradia durante a mobilização, chamando atenção dos transeuntes e clientes do banco. De acordo com o MNLM, mais de 8 milhões de pessoas não têm moradia no Brasil. Em Pernambuco, são 400 mil pessoas que lutam pelo sonho da casa própria.
 
O dirigente do MNLM, Paulo André, ressaltou a combatividade do Sindicato. “O Sindicato dos Bancários de Pernambuco não mede esforços para defender os direitos dos trabalhadores. Por isso, que hoje estamos aqui. Para dizer não à privatização da Caixa, porque vender a Caixa é acabar com o sonho que nós temos acalentado há tantos anos, de ter uma casa popular. Em nome de um ajuste fiscal, querem matar o povo pobre desse País. Nós defendemos um ajuste fiscal em cima dos poderosos, das grandes fortunas, não em cima de pessoas que dependem de menos de 1 mil reais para sustentar uma família”, critica.
 
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco seguirá em campanha permanente em defesa dos bancos públicos e contra a reforma da Previdência. Para o dirigente do Sindicato e da CUT, Expedito Solaney, o momento é de resistência. “Esse governo quer entregar o nosso patrimônio aos Estados Unidos, aos bancos privados. Mas não vai conseguir, porque nós vamos resistir e manter os direitos que nós conquistamos”.
 
No próximo dia 15 de maio, a categoria bancária se une aos trabalhadores da Educação em mais um Dia Nacional de Luta, denunciando o fim da aposentadoria e os cortes orçamentários na Educação. A atividade será uma preparação para a Greve Geral da classe trabalhadora, que acontece no dia 14 de junho.

 

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