O Sindgraf reafirma total e integral apoio aos cipeiros que defendem a prevenção de acidentes.
Todo integrante da Comissão de Prevenção de Acidentes (Cipa) tem estabilidade temporária no emprego e deve usar tal segurança para cuidar da prevenção de acidentes no ambiente profissional. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf-PE) conta que o cipeiro pode e deve até paralisar o funcionamento de máquinas que ponham em risco a segurança e saúde do trabalhador. Há mais de 30 anos no Brasil, a Cipa mostra que é fundamental como instrumento para a luta dos funcionários para a conquista de melhores condições de trabalho. O órgão classista defende que todo gráfico deve entrar nesta luta, cobrando uma postura firme dos cipeiros em prol dos colegas no trabalho.
“O cipeiro tem a responsabilidade de investigar, discutir e lutar contra as condições de trabalho inseguras, insalubres, perigosas e irregulares”, diz Iraquitan da Silva, presidente do Sindgraf-PE. Portanto, diz o dirigente, a Cipa pode e deve paralisar máquinas que oferecem perigo ao funcionário. A saúde e a segurança dos trabalhadores no desempenho do trabalho é o objetivo central dos cipeiros, que devem organizar e encaminhar reivindicações e negociar melhorias no ambiente profissional. O Sindgraf reafirma total e integral apoio aos cipeiros que defendem a prevenção de acidentes.
Toda empresa pública e privada deve formar a Cipa, com o objetivo de garantir a prevenção de acidentes. Ela é obrigada conforme determina a Norma Regulamentadora 5. A escolha dos cipeiros deve ser feito apenas através de eleição e todos os trabalhadores tem o direito de votar. A Comissão é formada por representantes do empregador e dos empregados. Sendo por parte do empregador, funcionários indicados e por parte dos empregados. Após a eleição direcionando cada cargo e cada um empossado, fazem um curso base de vinte horas de duração para qualificar no que tange a prevenção de acidentes no trabalho.
“É responsabilidade do cipeiro se conscientizar e conscientizar seus colegas de trabalho, a fim de modificar os hábitos em relação à prevenção de acidentes, e não esperar acontecer para tomar alguma iniciativa”, lembra Iraquitan. O dirigente critica aqueles que se tornam cipeiros para prejudicar a vidas dos outros trabalhadores, quando só se preocupam em buscar estabilidade e não cuidam da qualidade da saúde e da segurança do quadro de funcionários da sua empresa. “O cipeiro deve assumir a tarefa de defender seus colegas mesmo contrariando a vontade dos patrões. É para isso que ele se tornou cipeiro”, frisa. Ele ressalta ainda que cabe ao empregador a função de fazer com que a Cipa funcione, conforme determina a lei.