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CUT celebra 39 anos de conquistas e resistência

Festa, batuque, teatro popular, além de um bolo de aniversário, tomaram conta da praça do Arsenal, no Recife Antigo, palco da celebração, com transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook.

Publicado: 29 Agosto, 2022 - 14h13 | Última modificação: 29 Agosto, 2022 - 15h16

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CUT-PE

Danielle Pimentel
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Domingo, 28 de agosto, data de fundação da CUT, que chegou aos seus 39 anos de fundação com um caminho de muitas lutas, desafios e conquistas em defesa da classe trabalhadora. São quase quatro décadas de resistência na história brasileira, após o período da ditadura militar. O ano era 1983 e a classe trabalhadora se mobilizava, em todo o país, em busca de melhores salários e condições de trabalho, após seguidos anos de arrocho salarial e exploração intensiva do trabalho.

No Recife, houve festa, batuque, teatro popular, além de um tradicional bolo de aniversário, na praça do Arsenal, no Recife Antigo, palco da celebração, com transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook, sob a coordenação da secretária de Cultura, Maria das Neves (Nevinha).

O presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, enfatizou que a Central sindical nasceu combatendo a ditadura militar de 1964. Ela é fruto do movimento do novo sindicalismo, o que quer dizer que precisávamos fazer um sindicalismo pela base de massa, um sindicalismo libertário. “Nesses 39 anos tivemos diversas conquistas, por exemplo, conquistou a redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44 horas semanais, participou da luta com o movimento social para garantir a escolas pública gratuita, conquistou também o SUS. Seguimos na luta e sonhando para construção de um Brasil justo, diferente, com distribuição de renda, com todo direito a alimentação e à felicidade” pontuou.

Fundada em São Bernardo do Campo, nos galpões do antigo estúdio de cinema Vera Cruz, num momento em que a classe trabalhadora em todo o país se mobilizava para conquistar melhores salários e condições de trabalho, depois de seguidos anos de arrocho salarial e exploração intensiva do trabalho, que levou o Brasil a ostentar a triste marca de país recordista em acidentes de trabalho.

Ao mesmo tempo, trabalhadores e trabalhadoras liderados pela CUT tomavam as ruas, avenidas e praças para combater a ditadura e lutar pela redemocratização do nosso país, que já vivia quase duas décadas de regime militar. Assim foi na campanha pelas “Diretas Já” em 1984, na convocação da Assembleia Nacional Constituinte em 1985 e nos seus 20 meses de trabalho até a promulgação da nova Constituição em outubro de 1988.

A CUT também teve um papel fundamental no fortalecimento da democracia nas entidades sindicais e nos locais de trabalho dando dinamismo ao sindicalismo brasileiro que foi se tornando, cada vez mais, protagonista dos grandes momentos da história política do nosso país nas últimas décadas.

 

Desde a sua fundação, o sindicalismo cutista continua sendo símbolo de combatividade sindical em todos os aspectois. No atual cenário em que a população brasileira sofre duramente com o desemprego, a miséria, a fome, da alta do custo de vida, a CUT tem sido um foco de resistência, liderando as lutas em defesa da vida, do emprego, da geração de renda, da dignidade do trabalho e, sobretudo, por uma democracia verdadeiramente pautada pela na soberania popular e distribuição de renda.