A CUT Pernambuco convoca seus sindicatos filiados para participarem,nesta sexta-feira, 7 de setembro, da manifestação do 24º Grito dos Excluídos e Excluídas, em Pernambuco, com o Movimento dos Trabalhadores Cristãos (MTC), movimentos sociais, populares, estudantis e outras entidades da sociedade civil organizada.
A data, como sempre, 7 de setembro, é uma manifestação paralela aos tradicionais e conservadores desfiles militares. O tema da edição deste ano é “Vida em primeiro Lugar” e o lema: “Desigualdade gera violência. Basta de Privilégios”. O cartaz tem ilustração de autoria de Nivalmir Santana, artista plástico formado pela Belas Artes de São Paulo e Unesp. O trabalho traz a força da mulher como figura principal, geradora da vida, que une as forças e luta com o povo sofrido.
A concentração começa às 8h, na Praça da Democracia/ Derby, área central do Recife, e conta com o apoio de mais de 200 movimentos sociais e sindicais de Pernambuco. A abertura do ato será com uma aula pública, com o professor Paulo Mansan, sobre a atual conjuntura política do Brasil. “Também vamos ter grupos artísticos se apresentando, como a batucada do Levante Popular da Juventude e da Marcha Mundial das Mulheres. Depois, seguimos em caminhada, mas sem hora definida porque dependeremos das atividades”, explica Marcus Silvestre, um dos coordenadores do evento. Em seguida, os manifestantes seguirão para a Ponte Duarte Coelho, onde será dado um abraço simbólico no Rio Capibaribe. “
“Ano a ano, o Grito dos Excluídos e das Excluídas vem mudando o significado do dia 07 de setembro. Este é o dia do povo nas ruas, praças e campos, expressando seus desejos, anseios e utopias. Denunciando as mazelas e anunciando valores da solidariedade e justiça. Cada vez mais o Grito é reconhecido e compreendido nos vários setores sociais e principalmente vivido e construído pelos próprios excluídos (as)”, afirmou o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha.
Segundo ele, a proposta é denunciar a exclusão social de parcela da população que não tem acesso a direitos básicos como saúde, educação, alimentação, moradia, transporte público e políticas de preservação do meio ambiente, com ações e práticas para uma sociedade mais justa, fraterna, plural e igualitária. Cidades como Arcoverde, Garanhuns, Pesqueira, Caruaru, Petrolina também realizam seus próprio gritos dos excluídos e das excluídas.