CUT-PE reafirma luta contra a LGBTfobia, em defesa de direitos e da igualdade
Este ano, a Central participou do Encontro do Conselho Nacional Popular LGBTIA+, realizado entre os dias 15 e 17 de maio, em São Paulo,
Publicado: 20 Maio, 2022 - 15h15 | Última modificação: 20 Maio, 2022 - 16h25
Escrito por: Assessoria de Comunicação da CUT-PE
No último dia 17 de maio, dia em que se celebrou o Dia Nacional e Internacional contra a LGBTfobia, a CUT-PE esteve representada pelos Sindicatos - Simpere, Sintepe Sindmetal e Bancários - reafirmou seu compromisso, enquanto movimento em defesa de direitos e da igualdade social, de lutar contra a discriminação que atinge a população LGBTQIA+.
Este ano, a Central participou do Encontro do Conselho Nacional Popular LGBTIA+, realizado entre os dias 15 e 17 de maio, em São Paulo, debatendo sobre as diversas formas de violências contra as pessoas LGBTQIA+ e toda forma de opressão e preconceito. Os sindicalistas, que participaram da atividade, destacaram a importância da articulação nacional e do debate fomentado.
O companheiro Geraldo Times, dos Bancários declarou: “Estamos nos organizando para propor e cobrar a implementação de políticas públicas no país voltadas à população LGBTQIA+.Neste decisivo momento político, é necessário analisarmos os candidatos e projetos que disputarão as próximas eleições, já que nossos direitos passam pelas mãos dessas pessoas. Vamos debater no Sindicato todo conteúdo do Encontro e intensificar as ações contra LGBTfobia no mundo do trabalho, com destaque para o setor financeiro”.
Durante o evento, foi lançado o Programa Brasil de Todas as Cores, mais um instrumento para contribuir na construção de um conjunto de políticas públicas à população LGBTQIA+. Criado por 26 movimentos, organizações e entidades, algumas propostas ocupam a centralidade do programa, entre elas a não privatização das empresas públicas; o direito à moradia; direito à saúde e valorização do Sistema Único de Saúde (SUS); educação com respeito à diversidade; ampliação do Sistema único de Assistência Social (Suas). Além da garantia do acesso à informação; defesa do meio ambiente; proteção da produção científica; segurança pública pautada na desmilitarização das polícias; garantia de uma economia forte e capilarizada à sociedade; e ampliação do acesso à justiça no Brasil.
Para a secretária da Mulher do Sindicato dos Bancários, Alzira Cavalcanti, é também papel da entidade denunciar o aumento no número de crimes contra população LGBTQIA+. “O Brasil, pelo quarto ano consecutivo, é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Durante o governo Bolsonaro, este número disparou. Precisamos exigir respeito e acreditar no amor, no amor plural, no amor verdadeiro”, pontuou.
O Relatório do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTQIA+ mostra que no ano passado (2021) 316 mortes foram registradas no país, ante 237 em 2020. Lançado no dia 11 de maio, o relatório também reafirma que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. O documento contou com a parceria de várias organizações sociais no processo de elaboração dos dados apresentados. Entre elas, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Acontece Arte e Política LGBTI+ e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
Reforçando a luta em defesa da população LGBTQIA+, a CUT Pernambuco está preparada para dar apoio aos Sindicatos Cutistas que, por ventura, passem por algum tipo de violência e lgbtfobia nos seus locais de trabalho. Para as mulheres cis ou trans e travestis, a entidade oferece o projeto "Basta! Não Irão Nos Calar!" de atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.