Debate no Sindsprev sobre criação de Fórum em Defesa da Previdência Social Pública
A grande maioria ainda não entendeu o que representa a PEC 241, a reforma da previdência e
Publicado: 24 Outubro, 2016 - 13h55
Escrito por: Edmundo Ribeiro Sindsprev
Representantes de vários sindicatos, CRESS-PE, CUT-PE, Fetape, Federação dos Aposentados, associações de pessoas portadoras de deficiência, servidores do INSS e do Ministério da Saúde reuniram-se na tarde de quinta-feira (20/10), no auditório do Sindsprev.
Após as explanações, os participantes avançaram no debate e nos encaminhamentos para a criação de um fórum estadual em defesa da Previdência Social Pública.
Na abertura, o coordenador geral do Sindsprev, José Bonifácio, fez um breve relato do grande número dos ataques promovidos pelo governo golpista de Temer aos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários em menos de dois meses.
Reconheceu que “a gente ainda não conseguiu convencer a sociedade em geral sobre a gravidade deste retrocesso, principalmente os setores mais prejudicados da população. A grande maioria ainda não entendeu o que representa a PEC 241, a reforma da previdência e outras medidas desastrosas dos golpistas”.
Em seguida, o dirigente Irineu Messias (foto abaixo), destacou a destruição das políticas públicas, especialmente a extinção do Ministério da Previdência Social e o desmonte do INSS, SUS e Assistência Social. “É preciso articular, de forma imediata, as entidades sindicais e profissionais de todos os segmentos da seguridade social para se incorporar a esta luta em defesa da previdência e contra a retirada de direitos”. E alertou: “Se não houver resistência, a situação ficará mais grave ainda”.
Por sua vez, a assistente social do INSS e do CRESS-PE, Natália Teixeira (foto acima, à esq.), reforçou o objetivo devastador da PEC 241 que “retira durante 20 anos recursos das políticas públicas” e ressaltou que “a reforma da previdência está sendo implantada de forma fatiada, com a revisão dos benefícios por incapacidade feita através de critérios não divulgados; imposição da idade mínima de 65 anos para concessão da aposentadoria, igual para homens e mulheres (podendo ser elevada para 70 anos); terceirização e privatização dos serviços de exclusividade do INSS, entre outros”. Ela propôs que “este fórum seja permanente e que vá além dos debates, com intervenções e ações com a participação mais abrangente de diversas entidades e movimentos”.
As representantes da CUT-PE, Luiza Batista; da Fetape, Paulo Roberto; da Federação dos Aposentados de PE, José Gilberto, do Instituto Artur Vinicius (mães de pessoas portadoras de deficiência), Fabíola Maciel e do Conselho das Pessoas com Deficiência de Jaboatão (CPDJ), Eric André, expressaram suas impressões e apreensões, e também acrescentaram mais informações sobre os malefícios causados pelo governo golpista na previdência, serviços públicos e em toda sociedade brasileira.