“Empresas privadas querem lucro, empresas públicas querem bem-estar social"
Thiago Gomes ressaltou a necessidade que o povo brasileiro tem dos serviços públicos.
Publicado: 26 Março, 2019 - 15h21 | Última modificação: 26 Março, 2019 - 15h46
Escrito por: Monyse Ravena
Em entrevista na tarde desta terça-feira (26), no quadro Espaço Sindical, uma parceria da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT PE) e o Programa Brasil de Fato, veiculado diariamente na Rádio Clube 720 AM, Thiago Gomes, trabalhador da Copergás e diretor do Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e da Paraíba (Sindipetro PE\PB), conversou sobre a criação do Comitê Pernambucano em Defesa das Empresas e dos Serviços Públicos.
Thiago contou que o Comitê Nacional surgiu já em 2016 na luta contra as privatizações ainda no governo ilegítimo de Michel Temer, daquilo que viria a ser o Projeto de Lei 4918, “a partir dessa articulação nacional percebemos que esse modelo de Fórum era bom e também poderia funcionar estadualmente”, conta Thiago.
“Foi criada uma narrativa falaciosa onde todas as empresas precisam almejar o lucro, não é verdade. Empresas privadas tem finalidade do lucro, empresas públicas do bem estar social”, afirma o sindicalista e continua “o Estado precisa universalizar os serviços e não penalizar nenhum setor social. Vamos pensar no caso dos bancos em pequenos municípios, se não der lucro fecha? E as pessoas que moram ali e dependem do serviço como ficam? O risco é imenso”.
Como argumento em defesa das empresas públicas Thiago ainda apresenta a possibilidade do controle social e a necessidade dos brasileiros e brasileiras de serviços públicos de qualidade, ele lembra da recente descoberta do Pré-sal e da possibilidade que isso pode significar de independência energética se a reserva não continuar sendo privatizada.
Thiago é trabalhador da Copergas e lembra que a empresa também já foi alvo de tentativa de privatização, “o estado passava por um momento financeiro difícil e a Copergás foi sondada com essa possibilidade de ser privatizada, logo ela que distribui gás natural, uma empresa em expansão, felizmente foi percebido que não havia sentido, seria uma quebra de soberania. Acreditamos que o governo do estado entendeu e que não tem mais intenção de privatização”, completa.
O Comitê Pernambucano deve ser lançado oficialmente em junho, até lá segue as datas de mobilização do Comitê nacional e vem realizando visitas e conversas com trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias.