Estudantes irão às ruas no dia 7 de preto e caras pintadas de verde e amarelo
A ideia é manifestar luto em relação às políticas de Bolsonaro sem abandonar as cores da bandeira nacional
Publicado: 05 Setembro, 2019 - 11h44 | Última modificação: 05 Setembro, 2019 - 11h48
Escrito por: Redação Brasil de Fato
Roupas pretas e rostos pintados de verde-amarelo. Assim estarão os estudantes que irão às ruas no próximo sábado (7) para protestar contra o desmonte da educação pública no governo Bolsonaro (PSL) e contra a destruição da Amazônia. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a ideia é manifestar “luto” em relação às políticas de Bolsonaro, sem abandonar as cores da bandeira nacional.
“Bolsonaro soltou uma declaração convocando os brasileiros e brasileiras a irem às ruas no dia 7 de camisa verde amarela. Nós já estávamos convocando o ato do dia 7 como mais um dia em defesa da educação e em defesa da Amazônia, contra as queimadas, que vai se somar ao Grito dos Excluídos. Com essa declaração do Bolsonaro, a gente revive um pouco do que aconteceu na época em que o [ex-presidente Fernando] Collor fez a mesma convocação, e os estudantes foram às ruas de caras pintadas”, explica Julia Aguiar, diretora de políticas educacionais da UNE no Rio de Janeiro.
A estudante se refere às manifestações de rua de 1992 que precederam o impeachment do então presidente da República.
“A ideia de ir de camisa preta é pelo luto em relação à forma como o governo tem tratado a população brasileira, mas resgatando os símbolos nacionais com as nossas caras pintadas de verde e amarelo. Para nós, é um erro que o símbolo nacional fique nas mãos daqueles que querem entregar a Amazônia e a educação”, completa Aguiar.
Esta é a quarta manifestação nacional contra as políticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Educação, Abrahan Weintraub, para o setor. As anteriores, em 15 de maio, 30 de maio e 13 de agosto, levaram milhões de pessoas às ruas de todo o país.
Estão confirmados atos em pelo menos 19 estados. Confira a lista completa:
Rio Grande do Sul: Porto Alegre, às 15h, no Parque Farroupilha, Redenção.
Santa Catarina: Florianópolis, 8h30, na Catedral.
Paraná: Curitiba, às 11h, na praça Santos Andrade.
São Paulo: São Paulo, às 10h, na praça Oswaldo Cruz. Em Campinas, às 14h, no Largo do Rosário.
Minas Gerais: Belo Horizonte, às 9h, no viaduto Santa Tereza. Em Uberlândia, às 8h30, no Terminal Central.
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, horário a definir, na Candelária.
Espírito Santo: Vitória, às 8h, na Praça de Porto de Santana.
Goiás: Goiânia, às 8h30, na Catedral de Goiânia.
Brasília: Plano Piloto, às 15h, na praça dos Três Poderes.
Mato Grosso: Cuiabá, às 15h, na praça Cultural do CPA II.
Amazonas: Manaus, às 15h, na praça da Saudade.
Pará: Belém, às 8h, no Terminal Rodoviário São Brás. Em Santarém, às 8h, na Praça São Sebastião.
Bahia: Salvador, às 8h, praça Campo Grande.
Pernambuco: Recife, às 8h, na praça do Derby.
Ceará: Fortaleza, às 8h, na avenida Dioguinho; e às 15h, na praia de Iracema.
Rio Grande do Norte: Natal, às 8h, na praça Heróis dos Pescadores
Maranhão: São Luís, às 10h, na Areinha
Paraíba: João Pessoa, às 14h, na igreja de Nossa Senhora das Neves. Em Campina Grande, às 8h30, na Catedral.
Alagoas: Maceió, às 9h, na praça Sinimbu.
Edição: Daniel Giovanaz