Gráfica Plural sinaliza acordo após pressão sindical

Um piso salarial maior, plano de saúde, cesta básica e participação nos lucros. Estes são alguns benefícios reivindicados pelos funcionários da multinacional Plural, antiga gráfica Quadrigrafics, localizada na cidade de Ipojuca. Depois da pressão sindical, a empresa acenou que está disposta a negociar um acordo coletivo de trabalho, independente da posição final do sindicato patronal. A reunião para negociação será realizada às 15h, nesta quarta-feira (2). O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf-PE) antecipa que só faz acordo se for o desejo dos funcionários. Por esta razão, o órgão fará uma reunião às 14h, no mesmo dia, com funcionários para decidir quais os integrantes que integrarão a comissão de negociação junto com os dirigentes sindicais na reunião com os representantes da Plural.

O Sindgraf lembra que todo acordo ou convenção coletiva de trabalho tem prazo de validade. Ele dura 12 meses. Todas as negociações entre trabalhadores e patrões perdem a validade em 1ª de outubro, data-base da categoria gráfica. Dessa forma, o que foi conquistado no ano anterior, deve ser fruto de novos embates com a classe patronal para continuar valendo. “Por isso, é necessário todos os anos, a campanha salarial, a fim de discutir o reajuste salarial, mas também para manter e avançar nas cláusulas sociais”, diz o presidente do Sindgraf, Iraquitan da Silva.

O dirigente ressalta que a unidade e mobilização dos trabalhadores são indispensáveis nesta época de campanha, para, inicialmente garantir os direitos já conquistados ano passado, quando a Plural era Quadrigrafcs, mas, sobretudo, para avançar nas cláusulas sociais. “Isso serve para todos os gráficos que estão dispostos a lutar por melhores condições salariais e de trabalho”, finaliza o dirigente.

Pauta da Plural

Os trabalhadores da Plural querem um piso salarial maior que no geral. Eles reivindicam um piso de ingresso no valor de R$ 1.040, e para os demais funcionários, um reajuste de 15,5%. Também vão pressionar por um adicional de hora-extra de 100% para qualquer dia da semana, e um adicional noturno de 50%, além da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. “O plano de saúde precisa ser gratuito e garantir os familiares, dentre outras cláusulas sociais”,conta Iraquitan. O dirigente lembra que caso obtenha êxito o acordo com a gráfica Plural, a luta dos gráficos pernambucanos pode se estender para gráficos do restante do país e até do mundo, tendo em vista, que a Plural é uma empresa multinacional. “O acordo pode servir de modelo aos gráficos de outros lugares onde a empresa funciona”, finaliza.