Gráficos lotam sindicato para reivindicarem continuação de direitos
Os trabalhadores lotaram a assembleia de abertura da campanha salarial 2018.
Publicado: 18 Setembro, 2018 - 13h52 | Última modificação: 19 Setembro, 2018 - 10h59
Escrito por: Sindgraf-PE
Na última quinta-feira (13), grande parcela da categoria gráfica mostrou a consciência de que sabem da importância da renovação da convenção coletiva de trabalho para continuar valendo seus direitos por mais um ano. Os trabalhadores lotaram a assembleia de abertura da campanha salarial 2018. Apesar da negociação com os patrões só estar no início, encheram o sindicato, mostrando força da classe para defenderem seus interesses. Aprovaram a pauta de reivindicação, entregue ao patronal, onde exigem o reajuste salarial de 9%, independente do valor da inflação anual, bem como pleiteiam um novo direito (a refeição), além da garantia dos atuais.
Apesar do cenário de crise econômica e política no Brasil, com reflexo em Pernambuco, sobretudo após o golpe na presidente Dilma para a entrada de Temer e seus políticos aliados, fazendo crescer o desemprego e o fim de direitos, os gráficos atenderam o chamamento do Sindicato da classe (Sindgraf-PE) para defenderem seus direitos na 1ª assembleia de quinta. “Esta foi uma das assembleias de abertura de campanha salarial com um maior quantitativo de trabalhadores, mesmo diante de uma conjuntura bastante adversa”, comenta Iraquitan da Silva, presidente do Sindicato.
Na avaliação de Iraquitan, o fato mostra consciência política da categoria. Os trabalhadores mostraram saber que o salário poderá ser reduzido e o pagamento da hora-extra deixar de ser pago em dinheiro, além da perda do conjunto de direitos convencionados já a partir de 1º de outubro, com base na nova lei da reforma trabalhista do Temer e políticos aliados, como Bruno Araújo, Mendocinha e Armando Monteiro, apoiadores da lei. Mas com unidade e participação, como foi em 2017 e agora na 1ª assembleia deste ano, os gráficos podem reverter este cenário, como até avançar no salário e direitos. Por isso, reivindicam 9% de aumento e mais direitos. Por tudo isso, foram aplaudidos por sindicalistas na assembleia de quinta.
“O gráfico sabe que tudo depende dele. Não depende de mais ninguém. O resultado da campanha salarial será do tamanho da luta da categoria. E começamos muito bem. Vamos defender os nossos direitos e salários”, endossou Iraquitan. Ele aproveitou para alertar sobre o papel do gráfico na eleição em 7 de outubro. O voto do trabalhador pode restabelecer os empregos, direitos e condições de vida. Mas é preciso banir os candidatos a deputado estadual e federal, senadores, governador e presidente dos partidos favoráveis a Temer e que aprovaram as leis contra o trabalhador.