Idosos na luta constante contra a invisibilidade, preconceito e violência

Hoje, Dia Mundial do Idoso, a sociedade brasileira é convocada a repensar a imagem a respeito dos maiores de 60 anos, tidos não mais como “decadentes e superados” apesar dos evidentes sinais da perda de vitalidade, porém como pessoas saudáveis e produtivas.

Desde 2006 a comemoração passou para 1º de outubro devido à aprovação da Lei nº 10.741, que tornou vigente o Estatuto do Idoso, surgindo, na esteira desse processo, o Conselho Nacional do Idoso. Essa legislação deu capilaridade para o Estado brasileiro fortalecer a rede internacional de luta em defesa dos direitos de quem tem mais experiência de vida, com foco em questões ligadas à saúde, convívio familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria. Os idosos estão em constante movimento contra a invisibilidade, o preconceito, a discriminação e todas as formas de violência.

A omissão do Estado em políticas de proteção, que inclui moradia, saúde, educação, transporte e lazer, é também outra forma de agressão  àqueles  que deveriam ser tratados com atenção, respeito e dignidade.  O desmonte da Previdência Social pelo governo Bolsonaro é outra ação deliberada que atinge e traz consequências na vida dos idosos. 

Não é o envelhecimento da população que vai trazer o caos à Previdência, mas, sim, a ineficiência do máquina pública, a má gestão política e administrativa, o desvio das verbas da seguridade, falcatruas, extorsões, apropriação indébita, sonegação fiscal... Será que há motivos para os idosos celebrarem o seu dia hoje? Existem razões para festas? Será?

De toda forma e com respeito, carinho, nossas saudações aos idosos e idosas