Escrito por: Imprensa CUT-PE
No local, um carro de som foi utilizado pelos sindicalistas e parlamentares, que se manifestaram contra o descaso do atual governo federal, em relação a privatização do patrimônio público e demissões.
Trabalhadores da Dataprev e do INSS, com apoio de lideranças sindicais e sociais, parlamentares, participaram nesta quarta-feira, 5/2, de ato público contra a política destrutiva aplicada pelo governo Bolsonaro e seus aliados em cima das empresas estatais federais e seus funcionários. O Ato Sindical e Politico em defesa da Dataprev e do INSS, aconteceu a partir das 8h, em frente ao prédio do INSS, na Avenida Mário Melo, em Santo Amaro, Recife. No local, um carro de som foi utilizado pelos sindicalistas e parlamentares, que se manifestaram contra o descaso do atual governo federal, em relação a privatização do patrimônio público e demissões de servidores públicos, a maioria concursados.
O presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, enfatizou que privatizar a Dataprev e Serpro é entregar o patrimônio público, a tecnologia e dinheiro à iniciativa privada, porque é a maior empresa do setor da América do Sul. Como também a vida de cada trabalhador (a), porque essas empresas detém todas as informações e dados importantes dos brasileiros. Defender a Dataprev e o Sepro é defender a soberania nacional", acentuou.
A categoria, em greve há 14 dias em 24 estados, exige a realocação dos trabalhadores para agências do INSS, sucateadas desde o governo do ilegítimo Michel Temer, onde há falta de pessoal para atender a população que enfrenta meses de espera para receber benefícios previdenciários como aposentadoria, salário maternidade e auxílio-doença. A fila de espera já tem mais de dois milhões trabalhadores e trabalhadoras.
Foi informado que os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev vão levar para a categoria decidir em assembleias proposta feita pelo Superior Tribunal do Trabalho (TST), em audiência de mediação realizada ontem (terça-feira,4/2), em Brasília. Uma contraproposta do governo oferece a realocação apenas dos trabalhadores da ativa, excluindo aposentados. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Fenadados), Associação Nacional dos Empregados da Dataprev (Aned), e sindicatos da categoria recusaram a proposta.
A proposta da ministra do TST Kátia Magalhães Arruda, é de que os trabalhadores, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Fenadados) e sindicatos da categoria,, suspendam a greve. Por outro lado, a Dataprev se compromete a suspender as demissões de 494 trabalhadores das unidades a serem fechadas e a não descontar os dias parados.
O prazo proposto para nova reunião de negociações é de 15 dias, prorrogáveis por mais 15. A decisão definitiva dos trabalhadores sobre a suspensão será tomada após a Fenadados levar a proposta às assembleias de trabalhadores, nesta quarta-feira (5).