Escrito por: Assessoria de Imprensa da CUT-PE
Caminhada ocorreu na sexta-feira (7) e passou por vias como as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista.
Movimentos sociais e sindicais pedem o fim da desigualdade no 24º Grito dos Excluídos
Caminhada ocorreu nesta sexta-feira (7) e passou por vias como as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista.
Com o lema Desigualdade gera violência - Basta de privilégios - Vida em primeiro lugar, ocorreu ontem (7) a 24ª edição do Grito dos Excluídos, reunindo representantes da CUT, MST, centrais sindicais, movimentos sociais, Fórum Dom Hélder Câmara, congregações religiosas, pastoral carcerária, coletivos populares, da juventude, dos negros, das mulheres e LGBT.A concentração foi a partir das 09h, na Praça da Democracia, no bairro do Derby/Recife, seguido de abertura da atividade, com uma aula pública, com o professor Paulo Mansan, sobre a atual conjuntura política do Brasil.
Houve ainda apresentações artísticas da batucada do Levante Popular da Juventude, da Marcha Mundial das Mulheres, da Nação Mulambo e do Coletivo Siembra. Três carros de som se revezaram no comando das atividades. Várias bandeiras de movimentos sociais, sindicais, LGBTQI+ e de políticos em campanha foram hasteadas na área do coreto. Candidatos como Fernando Ferro, Teresa Leitão,Carlos Veras, Ivan Moraes, João Paulo, Paulo Rubem, Dani Portela e Albanise Pires aproveitam para atender eleitores e eleitoras. Artistas, como o ator Irandhir Santos, também esteve presente.
Quando o relógio marcou 11h, a passeata seguiu por vias como as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista, na área central do Recife. Durante a caminhada, os manifestantes, através dos carros de som, faixas, cartazes, bannerts e “pirulitos” reivindicaram direitos trabalhistas e relacionados à democracia, ao saneamento e à reforma agrária, ao meio ambiente.
O presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, enfatizou que o Grito dos Excluídos (as) visa denunciar a exclusão de parcela da população que não tem acesso a direitos como saúde, educação, alimentação, moradia, transporte público e preservação ambiental e propor caminhos para uma sociedade mais justa, inclusiva, solidária, plural e fraterna.. "Plantar e regar nosso sonho de um Brasil justo, fraternos com boas condições de vida para a classe trabalhadora", salientou.
O autônomo José Bezerra, de 59 anos, participa do evento desde 1995, sempre vestido do ex-presidente Lula. "Sempre vou defender Lula. Fez muito pelo povo. Outros políticos é que deveriam estar presos. É uma homenagem sincera, porém, também um protesto pela injustiça que estão cometendo contra ele. Lula Livre, Livre Presidente”. comentou.
A servidora pública, Maria José dos Santos, 50 anos, veio do bairro do Ibura, participar do Grito e disse que era uma alegria participar do evento. "Vim com umas amigas mostrar solidariedade ao ex-presidente Lula que se encontra preso injustamente em Curitiba (PR) e para com aqueles que são excluídos pela sociedade e não são atingidos pelas políticas públicas de saúde e educação", frisou.
Durante a caminhada, os manifestantes reivindicaram direitos trabalhistas e relacionados à democracia, ao saneamento e à reforma agrária, ao meio ambiente. O percurso encerrou na esquina com a rua da Aurora, onde os militantes realizaram um abraço simbólico em torno do rio Capibaribe. O sol por testemunha, iluminou a cidade, espalhou seus raios nas águas tépidas do rio e sob os edifícios ao largo de uma das vias públicas mais carismáticas do Centro do Recife. Nesse momento, os ponteiros dos relógios apontaram para 12h40.