Mulheres "gritam" por igualdade de direitos, liberdade e respeito
As manifestantes exibiram faixas, banners e cartazes, com destaque, principalmente, nas questões de segurança das mulheres. “Não calem as nossas vozes”, e “Machismo mata” , eram algumas frases.
Publicado: 10 Março, 2020 - 11h38 | Última modificação: 10 Março, 2020 - 12h20
Escrito por: Imprensa CUT PE
Entidades sindicais cutistas de Pernambuco juntamente com movimentos sociais, feministas e populares se mobilizaram na tarde desta segunda-feira, 9 de março, no Parque 13 de maio no Recife, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no domingo passado (8).
A luta por direitos iguais entre homens e mulheres, por educação e saúde, pública, pelo respeito às instâncias democráticas, cidadania e democracia fizeram parte das bandeiras de luta das mulheres do campo e da cidade. Na concentração, as manifestantes exibiram faixas e cartazes, com destaque, principalmente, nas questões de segurança das mulheres. “Não calem as nossas vozes” e “Machismo mata” eram algumas frases. Um sol de verão ocupa os quatro cantos da cidade e fervilha corações e mentes. Às 16h50, a caminhada seguiu por ruas e avenidas do centro do Recife, rumo à praça do Carmo, no bairro de Santo Antônio.
“A CUT, os movimentos sociais e feministas construíram este ato plural e unificado “Feministas contra Violência do Estado Racista, Patriarcal e Capitalista” desde janeiro passado. Hoje, dia 9 de março, é dia de saímos às ruas nesse “grito” de indignação contra o presidente Jair Bolsonaro, pelo fim da violência contra mulheres, contra o feminicídio. Nossa luta é em defesa da democracia, direitos e respeito” explicou Liana Araújo, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Pernambuco.
Dia Internacional da Mulher
Vale frisar que no domingo (8), inúmeros grupos de movimentos sociais, feministas e em defesa das mulheres se reuniram para celebrar o Dia Internacional da Mulher, em atos em vários pontos da cidade, como o Bairro do Recife, Brasília Teimosa, Nova Descoberta, Ibura e Morro da Conceição. Na Praça do Arsenal, um evento cultural pediu o fim da violência e a garantia da democracia, no Bairro do Recife, região central da capital pernambucana. O ato começou por volta das 16h, com apresentações musicais num palco montado na praça. Esta foi a nona edição do festival Canta Mulher
A América Latina é uma das regiões mais perigosas para se ser mulher no mundo. Segundo dados da ONU, 14 dos 25 países com as taxas mais altas de feminicídio estão da região, além de 98% dos casos de violência não serem julgados. O Brasil é o país que lidera o ranking, onde 1.133 assassinatos aconteceram só em 2017. Cerca de 2.795 mulheres foram vítimas de feminicídio nos 23 países da região, em 2017, segundo dados do CEPAL (Observatório de Igualdade de Gênero na América Latina e Caribe).