No Recife, caminhada democrática reforça luta por #Fora Bolsonaro
Mesmo com chuva, o Recife não arrefeceu da luta nem deixou de ir às ruas neste sábado, 19, para gritar por #ForaBolsonaro, vacina no braço, comida no prato e auxílio emergencial de R$600,00.
Publicado: 20 Junho, 2021 - 08h16 | Última modificação: 20 Junho, 2021 - 12h38
Escrito por: Assessoria de Comunicação da CUT-PE
Mesmo com chuva, o Recife não arrefeceu da luta nem deixou de ir às ruas neste sábado, 19, para gritar por #ForaBolsonaro, vacina no braço, comida no prato e auxílio emergencial de R$ 600,00.
Os manifestantes se reuniram na Praça do Derby, por volta das 9h, onde lideranças sindicais das mais diversas entidades e organizações sociais, destacaram a importância de fortalecer a luta pelo fim do governo genocida.
Os organizadores reforçaram os cuidados sanitários: o uso obrigatório de máscaras modelo PFF2/N95 ou máscara cirúrgica por baixo da máscara de pano (organizadores distribuíram para quem estavam sem máscara adequada); distanciamento social entre os manifestantes; evitar abraços e contato físico com as pessoas; não compartilhar objetos pessoais; higienizar as mãos com álcool em gel constantemente
Logo depois, saíram em caminhada, levando faixas, cartazes, banners, com frases de protesto contra a descaso e irresponsabilidade do governo Bolsonaro diante de tantas mortes - meio milhão de vidas. Esse é o saldo de vítimas que a Covid-19 já deixou em 459 dias desde que chegou ao Brasil, em março de 2020.
Uma senhora de 90 anos carregava um cartaz culpando Bolsonaro pela morte da filha.
Às 10h, os participantes da manifestação seguiram em fila indiana pela Avenida Conde da Boa Vista. Todas as pessoas utilizavam máscara, mesmo com chuva. Em diversos momentos, foram lembradas as agressões da Polícia Militar no protesto do dia 29 de maio passada. A ação truculenta dos PMs levou à queda do então secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e do então chefe da PM, Vanildo Maranhão, que depois foi transferido à reserva remunerada. O governador Paulo Câmara aceitou o pedido de exoneração dos mesmos.
Vale ressaltar que cerca de 16 PMs foram afastados, mas somente um teve afastamento disciplinar determinado. Algumas pessoas foram ao ato com tinta vermelha em um dos olhos, lembrando as duas pessoas que perderam parte da visão no Centro da Cidade. Também houve protestos à gestão do prefeito João Camoos. Professores e outros servidores municipais criticaram a reforma da Previdência proposta do Executivo enviada à Câmara de Vereadores.O pacote inclui aumento da idade mínima para aposentadoria, da alíquota previdenciária para os servidores e um plano de demissão voluntária para funcionários sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Registre-se ainda que os manifestantes fizeram um abraço simbólico, ocupando a Rua da Aurora, Rua do Sol e as pontes Duarte Coelho e Ponte Santa Isabel, por volta das 12h30.
Alguns municípios pernambucanos onde foram realizadas manifestações e protestos:
- Caruaru - Grande Hotel, às 9h;
- Petrolina - Praça Dom Malan/Catedral, às 9h;
- Recife - Praça do Derby indo pela Conde da Boa Vista até Guararapes, às 9h;
- Salgueiro - Av. Agamenon Magalhães (entrada da feira livre), às 8h;
- São José do Egito - Rua da Baixa - em frente a estátua do poeta, às 9h;
- Serra Talhada - Praça do Pajeú /Igreja Nossa Senhora da Penha, às 15h30;
- Surubim - Praça Dídimo Carneiro, às 8h30.
Em alguns municípios, houve a deliberação de não haver ato presencial, como no caso de Garanhuns, onde a Frente Brasil Popular do Agreste decidiu por fazer outros tipos de ação, tendo em vista a situação atual do sistema hospitalar, em que quase não há mais leitos de UTI e leitos de retaguarda.
As organizações optaram por colocar carros de som nas ruas e realizar um encontro virtual com análise de conjuntura e intervenções artísticas. No município vizinho, São João, a Frente Brasil Popular do Agreste orgainizou uma intervenção no ponto turístico da cidade
Imagens: Agência JC Mazella e CUT Pernambuco.