Escrito por: Daniel Lamir e Monyse Ravena
O presidente da CUT PE, Paulo Rocha frisa que “a greve em Pernambuco foi belíssima, foi do tamanho que nós imaginávamos, mesmo com todas as dificuldades que a chuvas.
No Recife, o ato público se caracterizou como um grande ponto de confluência das mobilizações da Greve Geral que parou o Brasil nesta sexta-feira (14). Milhares de pessoas se concentraram no centro da capital pernambucana, entre elas estava a professora aposentada Maria do Socorro que, aos 72 anos, foi às ruas defender um direito que ela já teve acesso, o da aposentadoria. “Estamos sendo atacados da forma mais vil, querem tirar nosso direito de descansar na velhice”, afirma.
Nilza Gomes, que também participou da mobilização, se declara veementemente contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL). “Eles ainda querem nos enganar chamando de nova previdência, a previdência não é nova ela é um direito nosso já garantido”, diz.
Movimentos populares e sindicalistas organizaram atividades durante todo o dia e estiveram presentes no ato. Para Jaime Amorim, da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os movimentos populares e sindicais estão conseguindo passar uma mensagem: “paramos dia 15, paramos dia 30 e, agora, a Greve dá essa sintonia do momento que estamos vivendo”, avalia. O dirigente do MST afirmou, também, que a luta contra as medidas de Bolsonaro continua e que “o resultado do dia de hoje vai propiciar as condições de retomar uma nova mobilização”.
Ainda segundo Amorim, esta é uma greve para dizer que a sociedade exige que o Congresso Nacional não aprove a Reforma da Previdência. O dirigente também enfatizou que a bandeira das palavras “Lula Livre” está mais na pauta do dia do que nunca estiveram.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT PE), Paulo Rocha frisa que “a greve em Pernambuco foi belíssima, foi do tamanho que nós imaginávamos, mesmo com todas as dificuldades que a chuva nos impôs com dois dias de temporal, nem isso assustou os trabalhadores”.
Para o deputado federal Carlos Veras (PT), que é membro da comissão especial que analisa a reforma da Previdência no Congresso Nacional, “a proposta já mudou muito depois das manifestações do dia 15 e 30, mas ainda é muito pouco”. “Nossa luta é para derrubar, não vamos negociar direitos, direitos não se negociam, se ampliam. Essa greve foi fundamental para pressionar os deputados para impedir que essa reforma passe”, conclui.