O presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, explicou sobre a situação atual do país que sofre com a falta do transporte metroferroviário no Brasil.
Com a presença de entidades e instituições que compõem o Fórum Permanente de Mobilidade e Defesa do Metrô, foi realizada na manhã desta segunda-feira (5), a Primeira Reunião do Fórum com a proposta de mostrar o projeto de expansão do sistema de metrô do Recife.
Presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, abriu a reunião explicando a necessidade da instauração do Fórum e de como é importante que a mobilização seja efetivada de maneira coletiva, junto a sociedade civil e a população.
O presidente do CREA-PE, Adriano Lucena, comentou sobre a necessidade de expandir o sistema do metrô. “Expandir essa empresa é garantir um serviço melhor à população. Temos que envolver nesse debate as pessoas que utilizam o metrô, tem que reuni-las e mostrar a realidade atual para vencer esse debate. A empresa pública é quem presta um serviço de qualidade voltado ao povo, mas precisamos mostrar a verdade e as alternativas reais para melhoria do sistema”.
Presente na reunião, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, falou da importância do debate proposto pelo Fórum. “Esse é um direito humano fundamental. Diante dessa crise que o metrô está passando, o Governo Bolsonaro faz isso [desmonte e sucateamento] de forma proposital com o intuito de privatizar o sistema”, explicou. Luciana ainda reafirmou o compromisso de manter o metrô público e de buscar recursos no Governo Federal para melhorar à qualidade do sistema.
O representante dos trabalhadores/as no Conselho da CBTU, Cirano Lopes, solicitou um diálogo aberto do Fórum com todos os candidatos ao Governo e que a cobrança permaneça independente de quem vença as eleições. “Que esse Fórum dialogue com todos os candidatos ao Governo de Pernambuco e coloque propostas de expansão e de como o metrô é importante na vida das pessoas. Temos que continuar na luta, na pressão, independente de quem assumir o governo federal no ano que vem”, explicou.
O presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, explicou sobre a situação atual do país que sofre com a falta do transporte metroferroviário no Brasil. “Quantos carros e ônibus sairiam das ruas se existissem VLTs nos grandes corredores de transporte do Recife? Não podemos aceitar que em uma cidade da Região Metropolitana, o trabalhador e a trabalhadora precisem passar duas horas para chegar ao trabalho e mais duas horas ao voltar para casa, por causa de um sistema de trânsito caótico e que ‘segura’ as pessoas em grandes engarrafamentos”.
Com o discurso de pedir mais investimentos das ferrovias no país, o presidente licenciado da CTB-PE, Helmilton Beserra, falou sobre o intuito do capital de querer privatizar para obter lucros. “Precisamos de um estado forte e não de um mercado forte. Não podemos ficar reféns do mercado, pois eles só querem saber de lucros pessoais e o serviço não são entregues da maneira como é prometido anteriormente, a SuperVia do Rio é um exemplo claro”.
“Uma empresa que não expande está fadada a morrer”, com essa frase o representante do corpo técnico da CBTU, Sérgio Sobrinho, mostrou o Estudo de Novos Traçados- STU/ Recife, elaborado em agosto de 2017 e criado dentro da engenharia, mas com a colaboração de outras áreas dentro da empresa. “Nós fizemos um estudo de alguns trechos específicos, que seriam importantíssimos para melhorar a vida das pessoas”.
Dentre os traçados sugeridos pela CBTU, três deles estão em estudos mais avançados, em virtude da congruência com a estrutura de transporte público idealizado pelo ICPS –Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (Prefeitura do Recife).
A próxima reunião foi marcada para o próximo dia 11 de outubro às 10h, dessa vez, na sede do CREA-PE, mantendo os diálogos e aumentando as forças na luta pelo metrô público e de qualidade.