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Dia de luta: Recife leva milhares às ruas contra a Reforma da Previdência

Aconteceram atividades também de assembleias, visitas aos locais de trabalho e paralisações

Publicado: 22 Março, 2019 - 19h03 | Última modificação: 25 Março, 2019 - 09h25

Escrito por: Comunicação CUT PE

Monyse Ravena
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“estamos nos preparando para uma grande paralisação nacional e organizar juntos uma Greve Geral”

Mais de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras protestaram na sexta-feira (22/03) contra a Reforma da Previdência no Recife. O ato convocado pelas Centrais Sindicais teve concentração na Praça do Derby e percorreu a Avenida Conde da Boa Vista protestando contra o projeto de Reforma da Previdência encaminhado ao Congresso, pelo governo Bolsonaro.

Para Paulo Rocha, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco avaliou o ato como vitorioso, “é um ato de largada na retomada da luta em defesa da previdência pública, sentimos nas ruas muita receptividade”. Paulo também lembrou as manifestações ocorridas em outras cidades pernambucanas, com destaque para Petrolina que realizou o ato pela manhã.

Aconteceram atividades também de assembleias, visitas aos locais de trabalho e paralisações em diversas categorias. O presidente da CUT complementou, “estamos nos preparando para uma grande paralisação nacional e organizar juntos uma Greve Geral”.

No dia  22 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas do país contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que restringe o acesso à aposentadoria e reduz o valor do benefício, prejudicando milhões de pessoas, especialmente os que começam a trabalhar mais cedo, e os idosos que vivem em situação de miserabilidade.

Os trabalhadores saíram da Praça do Derby no final da tarde e seguiram formando uma grande coluna pela Avenida Conde da Boa Vista. "É o esquenta para a greve geral que a CUT e demais centrais vão organizar se o governo insistir em manter a tramitação da proposta que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, impõe a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres terem direito ao benefício, entre outras perversidades", afirma o dirigente do Sindicato, Fabiano Moura.

A adesão massiva dos trabalhadores, trabalhadoras e da sociedade brasileira aos atos realizados em todo o Brasil foi comemorada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas. Para ele, a quantidade de pessoas que foi às ruas protestar contra a PEC de Bolsonaro mostra que a comunicação da CUT, demais centrais - Força Sindical, UGT, Intersindical, CSB, CTB, NCST, CGTB e CSP-Conlutas -, dos movimentos sociais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo foi mais eficiente que a do governo, que tentou enganar dizendo que a reforma era boa para o país.

“O povo sabe que Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria e entregar a Previdência Pública para os bancos”, afirmou Vagner.