Escrito por: Texto: Denilson Miato/ Aurora PE

Recife participa de ato nacional contra redução das penas de Bolsonaro e condenados

Recife participa de ato nacional contra redução das penas de Bolsonaro e condenados por tentativa de golpe

Convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo neste domingo (14), contou com uma grande mobilização nacional contra a redução das penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais condenados pela tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.

A manifestação ocorre em resposta à aprovação, na madrugada da última quarta-feira (10), pela Câmara Federal, da proposta que altera a progressão de regime para condenados por crimes relacionados a ataques ao Estado Democrático de Direito. O projeto recebeu 291 votos favoráveis e acendeu alertas em organizações sociais sobre possíveis retrocessos no combate a atos golpistas.

Nos últimos meses, a atuação do Congresso Nacional em pautas consideradas de autoproteção tem sido alvo de críticas de diversos setores da sociedade civil, que afirmam haver uma escalada de iniciativas legislativas voltadas a beneficiar aliados políticos envolvidos em crimes contra o processo democrático.

 

Para os organizadores e participantes do ato, a mobilização da população é crucial para denunciar o uso espúrio do poder e reafirmar que a tentativa de golpe não deve ser relativizada.

 

 

Além da capital pernambucana, mobilizações simultâneas aconteceram em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras cidades do país. A expectativa é que o ato mostre um novo momento de articulação popular, ampliando o debate sobre a necessidade de proteger as instituições e reforçar a importância da participação cidadã frente às investidas antidemocráticas.

 

Embora setores do Congresso defendam que a alteração na progressão de penas é apenas uma revisão técnica, opositores afirmam que a medida representa uma flexibilização perigosa das respostas do Estado diante de crimes que ameaçaram diretamente o funcionamento da democracia.

FOTO

As organizações que compuseram a convocação reforçam que não se trata apenas de contestar a mudança legislativa, mas de reafirmar que crimes contra o Estado Democrático de Direito não podem ser objeto de anistia explícita ou velada.

 

Com palavras de ordem como “Sem anistia para golpistas”, os movimentos trazem a população pernambucana para participar do ato e ocupar as ruas em defesa do processo democrático. Para as frentes organizadoras, este é um momento decisivo para demonstrar que a sociedade não aceitará retrocessos.

 

A expectativa é de que o ato seja uma resposta ampla e diversa de grupos e perfis, fortalecendo a construção coletiva de resistência e reforçando a importância da vigilância permanente diante de ameaças às instituições.