Escrito por: Imprensa CUT-PE
CUT Pernambuco, centrais sindicais e movimentos sociais realizaram uma panfletagem na Estação Central do Metrô, pela manhã, e um ato simbólico na Avenida Guararapes, à tarde, no Centro do Recife.
Nesta quarta-feira, 28, Dia Nacional de Lutas, o conjunto dos servidores/ servidoras de todo país foi às ruas para protestar contra a onda de ataques do governo Bolsonaro aos serviços públicos. Durante todo o dia, houve mobilizações, protestos, manifestações,atos simbólicos e lives em capitais e cidades do interior do País. Milhares de servidores/servidoras foram às ruas para conversar com a sociedade e explicar que o desmonte e sucateamento dos serviços públicos são ataques aos direitos da população.
No Recife, a CUT Pernambuco, centrais sindicais e movimentos sociais realizaram uma panfletagem na Estação Central do Metrô, pela manhã, e um ato simbólico na Avenida Guararapes, a partir das 14h, em frente à Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). As lideranças sindicais e populares reagiram à proposta indecente de reforma Administrativa (PEC-32/2020) do governo Bolsonaro, e defenderam mais investimentos nos setores públicos – educação, saúde, transporte, moradia, entre outros.
O ato simbólico contra do projeto de reforma administrativa, ganhou reforço após o governo federal, na noite de terça (27), publicar decreto que permite a privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS), conhecidos como "postinhos" e que é a principal porta de entrada de acesso a toda rede do SUS. O decreto 10.530, de 2020, é assinado pelo presidente Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e tem gerado reações intensas de trabalhadores e trabalhadoras.
Segundo o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, o governo Bolsonaro quer acabar com o conjunto dos servidores públicos. “Agora, ele lançou o decreto para lhe dar poder para privatizar as unidades básicas de saúde. Com a reforma administrativa, Bolsonaro vai ter poder para fechar hospitais e até mesmo escolas. Os ataques são feitos não apenas para os servidores e sim para ao conjunto do serviço público, além da Constituição Federal de 1988 e à vida da população brasileira”, enfatizou.
Em tempo/CUT Nacional:
A forte reação de deputados progressistas e lideranças políticas, que defendem os interesses dos brasileiros, em especial os mais pobres que dependem dos serviços públicos, obrigou o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) a recuar e revogar, no final da tarde desta quarta-feira (28), o decreto de privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS), que havia sido publicado nesta terça-feira (27).
Para os críticos da proposta, o decreto abria as portas para a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o que Bolsonaro negou ao anunciar a revogação em sua página no Twitter.
Na postagem, ele disse que é "falsa" a ideia de privatização do SUS e afirmou que a simples leitura do texto "em momento algum sinalizava" a privatização do sistema. O cancelamento do decreto deverá sair ainda nesta quarta, em edição extra do Diário Oficial da União.
De acordo com reportagem do UOL, mesmo tendo recuado, o presidente defendeu o decreto, dizendo que a medida tinha como objetivo viabilizar o término de obras nas UBS, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União