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Sindicato conquista mais duas reintegrações no Bradesco

As reintegrações foram fruto da atuação da Secretaria de Saúde do Sindicato em conjunto com a Secretaria de Assuntos Jurídicos, e através do escritório conveniado, Pedro Paulo Pedrosa Associados.

Publicado: 12 Agosto, 2021 - 10h04

Escrito por: SEEC-PE

SEEC-PE
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O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou duas novas reintegrações na última segunda-feira (9/8), no Bradesco - Boa Viagem (Ag. 5639). Os funcionários Sérgio Lima e Marcílio Lira, ambos demitidos em 2020, em plena pandemia, conquistaram decisão favorável ao comprovar que adoeceram em razão do trabalho. As reintegrações foram fruto da atuação da Secretaria de Saúde do Sindicato em conjunto com a Secretaria de Assuntos Jurídicos, e através do escritório conveniado, Pedro Paulo Pedrosa Associados.
 
Vítima de assédio moral no Bradesco, Sérgio Lima desenvolveu problemas psicológicos, como crise de ansiedade. Hoje, licenciado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele ressalta a importância da denúncia. "Muitas vezes, por precisarmos do emprego, nos submetemos às situações de exposição, falta de respeito e humilhação. Mas, precisamos denunciar esses casos, identificando as pessoas que cometem as agressões, para que esse tipo de comportamento não continue existindo. Os bancos sabem do assédio e fazem vista grossa. Então, temos que estar unidos sempre que soubermos de colegas que enfrentam essa situação, porque essa é uma questão de saúde e de vida", afirma. De acordo com Sérgio, a demissão ocorreu após cinco anos de um trabalho dedicado e comprometido no banco, não havendo o que o Bradesco questionar sobre sua conduta. "Procurei o Sindicato e recebi todo o apoio necessário desde o começo. Sou muito agradecido a todos, porque não sabia o que deveria fazer e, hoje, estou reintegrado", comemora.
 
O secretário de Saúde, Alan Patrício, reforça que a cobrança de metas gera adoecimento. "Os bancos se tornaram um ambiente de adoecimento para os trabalhadores pela forte pressão que sofrem para atingir as metas, muitas vezes acompanhada do assédio moral. Hoje, temos o Bradesco como o segundo banco com maior número de CATs (comunicação de Acidente de Trabalho) emitidas em Pernambuco, sendo o adoecimento psiquiátrico o segundo principal tipo", ressalta.
 
O bancário Marcílio Lira, funcionário do banco há 16 anos, estava trabalhando em home office quando foi comunicado sobre a sua demissão. "Eu continuava realizando meu trabalho e batendo as metas. Fiquei surpreso, porque eu estava com atestado médico no momento da demissão e o banco tinha conhecimento. Mas, decidiu continuar o processo. No banco, entramos bons e saímos doentes. Hoje, tenho LER e síndrome do túnel do carpo. Com as orientações do Sindicato, conseguimos garantir a minha reintegração", afirma.
 
Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Flávio Coelho, a conquista de reintegrações numa conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras é muito relevante. "Os bancos privados demitiram em plena pandemia, desconsiderando que o lucro dos bancos é fruto do empenho desses trabalhadores. Além de romper o acordo que firmou com o movimento sindical, demitiu bancários adoecidos, o que não é legal. Por isso, essa vitória jurídica é também uma conquista política, pelo reconhecimento do direito ao emprego", conclui.