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Sucatear as empresas públicas para poder vender é o projeto dos golpistas

A política econômica ultraliberal, que tem o comando de nomes ligados ao PSDB, avança agora sobre a Eletrobras. 

Publicado: 17 Setembro, 2018 - 11h05 | Última modificação: 17 Setembro, 2018 - 11h19

Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Sindsep-PE
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Sucatear as empresas públicas para poder vender a troco de banana aos empresários nacionais e estrangeiros que apoiaram o golpe no Brasil é o projeto dos golpistas de plantão. Essa tem sido a prática do governo Michel Temer (MDB). A política econômica ultraliberal, que tem o comando de nomes ligados ao PSDB, avança agora sobre a Eletrobras. 

A direção da Eletrobras não desistiu da privatização da estatal e continua trabalhando com o seu projeto de desmonte do patrimônio público. 

A nova ofensiva foi o lançamento de um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) a partir de outubro. O novo plano chega antes mesmo do encerramento do Plano de Demissão Consensual (PDC) lançado em março deste ano, que já desligou três mil trabalhadores da estatal. O objetivo agora é desligar mais 2,4 mil trabalhadores.

“A ideia é sucatear as empresas e órgãos públicos, provocar insatisfação da população devido a precariedade da estrutura de trabalho e privatizar o que puderem”, observou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira (foto). 

Com a privatização de empresas, órgãos e instituições públicas como hospitais e universidades, a população que não tiver recursos para pagar por serviços particulares irá sofrer a míngua. 

A terceirização é outra frente de ataque ao serviço público e aos servidores. No último mês de agosto, o STF julgou o projeto de Temer como Constitucional. Isso depois do presidente golpista ter acordado um aumento de 16,38% para os juízes.  

Ingressar no serviço público era um antigo sonho do empresariado brasileiro, que não era concretizado porque o PT nunca apoiou a privatização irrestrita e era contra a terceirização. Como agora não há vedação expressa no texto aprovado no Congresso, a legislação abre brecha para que se terceirize setores do funcionalismo. 

Por exemplo: na Receita Federal, a atividade-fim é a fiscalização das empresas e cálculo do imposto pago pelas pessoas físicas e jurídicas. Uma atividade-meio seria o serviço de limpeza do prédio da Receita. Com a aprovação do Supremo, a partir de agora os servidores que trabalham atendendo a população poderão ser substituídos por terceirizados.

“Por isso, o servidor público tem que estar muito atento em quem vai votar nessas eleições. Não só para presidente e governador, mas para o Congresso Nacional e as Assembleias. Precisamos de um presidente e parlamentares que sempre estiveram ao lado do Trabalhador. Mesmo porque ainda temos a ameaça da aprovação de uma reforma da Previdência que atingirá a todos os brasileiros”, concluiu José Carlos.