Escrito por: Tatiana Melim, Marize Muniz e Rosely Rocha
Dia Nacional de Greve na Educação tem ampla adesão de professores, estudantes e pais de alunos em todo o Brasil e leva o governo a bater cabeça. A paralisação é um esquenta para a greve geral do dia 14 de junho
Neste dia 15 de maio, Dia Nacional de Greve da Educação, a mobilização contra a reforma da Previdência e contra os cortes de verbas na educação uniu o povo brasileiro na primeira grande manifestação contra os desmandos do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).
A tag #TsunamiDaEducação ocupa o topo do Twitter Brasil desde o início da manhã e a segunda posição no ranking mundial. A tag dialoga com o tamanho da mobilização que tomou conta das escolas, institutos federais, universidades, praças, ruas e avenidas das capitais de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, além de centenas de cidades do interior do país.
Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, mais de 100 mil pessoas ocuparam a Praça da Estação nesta manhã pela aposentadoria e por uma educação pública e de qualidade. Em Fortaleza, no Ceará, 50 mil tomaram as ruas contra os cortes na educação e contra o fim da aposentadoria. Na capital paranaense, em Belém, 60 mil protestaram e mandaram um recado ao governo de Bolsonaro: não mexam na educação e na aposentadoria do povo.
A capital baiana também ficou lotada, com mais de 50 mil pessoas, entre professores, estudantes e trabalhadores de outras categorias, que saíram em caminhada pelas ruas de Salvador. Na Paraíba, além da capital, João Pessoa, que teve protestos com mais de 30 mil pessoas, outras 17 cidades, como Campina Grande, Sousa e Areia, participaram da greve nacional.
O apoio da população brasileira, que não quer a reforma da Previdência e acredita que o investimento na educação é o caminho para o desenvolvimento do país, fortaleceu ainda mais a mobilização, que é um esquenta para a greve geral do dia 14 de junho.
A Greve Nacional da Educação foi convocada em abril pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e teve início em escolas do ensino básico, fundamental e médio das redes pública estadual e municipal de todo o país. Após o anúncio dos cortes de recursos na educação, na semana passada, a paralisação foi ampliada com a adesão de profissionais do ensino superior, técnico e de escolas da rede privada. Todos pararam completamente as atividades nesta quinta-feira (15).
Confira como foi a mobilização nesta manhã:
Em Rio Branco, no Acre, quase 2 mil estudantes e professores das redes municipal e estadual, sindicalistas e militantes dos movimentos sociais caminharam até o Palácio Rio Branco, onde fica o gabinete do governador Gladson Cameli (PP), para protestar contra os cortes na educação e a reforma da Previdência. #TsunamidaEducação.
Em Maceió, mais de 10 mil estudantes, professores, pais de alunos, trabalhadores e militantes do movimento sindical se concentraram às 7h, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA), de onde saíram em caminhada até o centro da capital alagoana.
A Universidade Federal do Amapá (Unifap) amanheceu parada nesta manhã. Os alunos se concentraram para debater sobre o que está acontecendo no Brasil. À tarde, às 16h, tem ato na Praça da Bandeira.
Em Manaus, os servidores e alunos da Universidade Federal do Amazonas fizeram ato na Avenida Rodrigo Otávio, na Zona Sul da cidade. O ato público, com professores, estudantes e trabalhadores das demais categorias, está marcado para ocorrer às 15h, na Praça do Congresso.
Na Bahia, escolas públicas e particulares de Salvador amanheceram sem aula nesta quarta-feira. Em Salvador, as ruas da capital baiana ficaram lotadas, com mais de 50 mil pessoas, entre professores, estudantes e trabalhadores de outras categorias, protestando contra os cortes na educação.
Em Feira de Santana, também na Bahia, na porta do Instituto Gastão Guimarães, milhares de estudantes, professores, profissionais de várias áreas da instituição pararam. Estudantes protestaram também em Camaçari.
Em Fortaleza, no Ceará, 50 mil tomaram as ruas contra os cortes na educação e contra o fim da aposentadoria. Estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) bloquearam o cruzamento das avenidas da Universidade e 13 de maio, no Benfica, no início da manhã. Eles realizaram um “cadeiraço” contra o corte de recursos na educação.
Em Quixadá, mais de 500 servidores e estudantes do Instituto Federal do Ceará (IFCE), da UFC e da UECE paralisaram as atividade e seguiram em caminhada até a Praça José de Barros, no centro da cidade.
Na capital federal, em Brasília, a UNB (Universidade Federal de Brasília) amanheceu parada. Estudantes, professores, trabalhadores da educação e demais categorias ocuparam o Museu da República para protestar contra o corte na educação e em defesa da aposentadoria.
RODRIGO PILHARodrigo Pilha
Em vitória, capital do estado, milhares de estudantes e entidades da sociedade civil organizada saíram às ruas em defesa da educação, contra os cortes no setor promovido pelo governo de Jair Bolsonaro e em defesa da Previdência. Eles saíram da Praça do Papa em direção à Assembleia Legislativa do estado.
Em Goiás, 40 municípios pararam para exigir respeito à educação e em defesa da aposentadoria. "Cerca de 80% das escolas, entre estaduais e municipais, aderiram ao chamamento do sindicato. Precisamos lutar contra os desmandos dos governantes que só acenam com cortes e desmontes", pontuou a professora Bia de Lima, presidente do Sintego.
No Maranhão, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Zé Doca (Sindsep) participou do ato conjunto de professores, estudantes, sindicalistas e representantes dos movimentos sociais. Eles bloquearam o portão principal de acesso à Universidade Federal do Maranhão (UFMA). #MunicipaisNaGreveNacionalDaEducação
No ato em Tangará da Serra, em Mato Grosso, os manifestantes protestaram contra os cortes na educação e sinalizaram ao governo que este é só o esquenta para a greve geral de 14 de junho.
IURI BARBOSAIuri Barbosa
Escolas municipais e estaduais, além de instituições federais em Mato Grosso do Sul aderiram à greve nacional da educação.
A manifestação contra os cortes na educação e contra a reforma da Previdência começou cedo na capital, em Belo Horizonte. Mais de 100 mil pessoas ocuparam a Praça da Estação nesta manhã.
Estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) carregavam faixas com dizeres "Luto pela educação" e "A aula hoje é na rua". Também participaram dos atos contra os cortes na educação os estudantes do Colégio de Aplicação da UFG.
Outra manifestação ocorreu em frente ao prédio da Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com participação do SINDIFES - Técnico-Administrativos da UFMG.
Na capital paranaense, em Belém, 60 mil protestaram e mandaram um recado ao governo de Bolsonaro: não mexam na educação e na aposentadoria do povo. Em Marabá, também no Pará, estudantes da Unifesspa participaram da paralisação. Em Capanema também teve mobilização de estudantes, professores e pais de alunos.
Na Paraíba, além da capital, João Pessoa, que teve protestos com mais de 30 mil pessoas, outras 17 cidades, como Campina Grande, Sousa e Areia, participaram da greve nacional. Em frente ao campus Liceu Paraibano, o estudante de história, Ciro Caleb, mandou um recado ao governo durante a concentração dos estudantes, que saíram na sequência em caminhada até o Ponto de Cem Réis, centro de João Pessoa, para se juntar aos demais manifestantes.
Vídeo incorporado#15M em João Pessoa / PB
Em frente ao Liceu Paraibano Campus, o estudante de história, Ciro Caleb, saúda todos/as que estão na concentração da manifestação que sairá em caminhada até o Ponto de Cem Réis, centro de João Pessoa/PB.
No Paraná, teve ato de petroleiros da Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, e na Reparar, de Araucária, em apoio à paralisação dos estudantes e professores em defesa das escolas e universidades federais, principais alvos do governo Bolsonaro.
E na Praça Santos Andrade, em Curitiba, trabalhadores da educação, movimentos sociais e estudantes se concentraram para fazer um grande ato público pela aposentadoria e por ensino público e de qualidade.
Na manhã desta quinta-feira (15), Dia Nacional de Greve da Educação, os estudantes foram às ruas de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Teve ato também no Instituto Federal de Barreiros, cidade que fica a 100 km da capital pernambucana.
Em Goiana e no Sertão do Pajeú os manifestantes também protestaram contra o retrocesso na educação e contra o fim da aposentadoria.
No Terminal Aquaviário da Transpetro, em Suape, os petroleiros também pararam as atividades pela manhã em apoio à paralisação dos estudantes e professores.
Vídeo incorporadoNa manhã desta quarta-feira (15), estudantes foram às ruas de Caruaru, Agreste de PE. #NaRuaPelaEducacao #TsunamiDaEducação
2509:49 - 15 de mai de 2019 20 pessoas estão falando sobre isso Informações e privacidade no Twitter AdsNo Piauí, mais de 20 mil estudantes universitários e secundaristas de escolas públicas e particulares, professores, pais de alunos, trabalhadores de diversas categorias e representantes dos movimentos sociais e sindical fizeram uma passeata pelas ruas do centro de Teresina. Teve atos também em cidades do interior como Parnaíba, Cocal, Picos, Floriano, Pedro II, Corrente e Angical do Piauí.
No Rio de Janeiro, a mobilização para o grande ato unificado que será realizado às 15h, na região da Candelária, começou com panfletagem no Museu Nacional, em frente ao Horto Botânico. Na Praça XV, das 10h às 16h, manifestantes farão aulas, palestras, performances e oficinas. Também teve ato em frente a Fiocruz, na escadaria do Castelo Mourisco.
INTERIOR
Em Campos, estudantes da UENF e movimentos sociais da cidade pararam as ruas para avisarem que não vão aceitar os cortes de Bolsonaro na Educação. Em Soropédica, na região metropolitana, os estudantes saíram às ruas contra os cortes na educação e em defesa da Previdência Pública.
Em Macaé, também houve ato em defesa da educação, contra a privatização e a reforma da Previdência. Em Barra Mansa também houve ato com centenas de estudantes apoiando a greve contra os cortes na educação. Na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), pela manhã, os petroleiros realizaram um ato em apoio à greve nacional pela educação.
No Rio Grande do Norte, uma multidão ocupou as ruas de Mossoró contra a reforma da Previdência e os cortes na educação.
Teve ato político na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a governadora do estado, Fátima Bezerra (PT), também participou do dia de paralisação no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
No Rio Grande do Sul, muitas escolas e universidades amanheceram com as portas fechadas nesta quarta-feira (15). Em outras, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a paralisação foi parcial. Pela manha, os estudantes fizeram uma caminhada pelas ruas do centro da capital gaúcha. À tarde, tem concentração em frente ao Instituto de Educação, seguida de caminhada até a Esquina Democrática, onde será realizado um ato, às 18h.
Em Porto Velho, estudantes da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) fizeram um ato na Avenida Sete de Setembro, principal via da capital para protestar contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) e em defesa da aposentadoria.
Em Boa Vista, professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR) fecharam os portões logo nas primeiras horas da manhã. Além da UFRR, participam do ato o Instituto Federal de Roraima (IFRR) e parte da Universidade Estadual (UERR). O Colégio de Aplicação da UFRR e a Escola Agrotécnica também paralisaram. Às 15h tem ato na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista.
Em Santa Catarina, houve manifestações de professores e estudantes em cidades como Florianópolis, Itajaí e Concórdia. Em Florianópolis, o esquenta para o ato que acontecerá nesta tarde começou bem cedo. Estudantes da UFSC e o movimento sindical cutista estiveram durante toda a manhã no largo da Catedral para dialogar sobre os cortes da educação e coletar assinaturas contra a Reforma da Previdência.
Em São Paulo, as manifestações começaram logo pela manhã. Estudantes e professores da USP fecharam uma das entradas da instituição, com cartazes contra os cortes na educação e a reforma da Previdência. Ainda na capital, estudantes da escola estadual Oswald de Andrade protestaram contra o corte na educação em caminhada pela rua da Consolação, uma das vias mais importantes da cidade que liga a região central à Paulista. A concentração do ato em São Paulo será a partir das 14h, em frente ao Masp.
INTERIOR
Em Araraquara, os estudantes da Unesp participaram do dia de greve contra os cortes na educação. Em Bauru, o ato foi em frente à Câmara Municipal da cidade. Em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, houve manifestação das trabalhadoras e trabalhadores da educação, na Rua Marechal Deodoro, centro da cidade.
Centenas de pessoas também participaram do ato em Sorocaba contra os cortes na educação. Em Presidente Prudente, cerca de mil pessoas se concentraram em frente a Unesp. Em São Carlos, a manifestação foi em defesa das universidades estaduais UFSCar e USP. Em Piracicaba, também houve protestos de estudantes contra os cortes na educação promovidos pelo governo Bolsonaro.
Em Paulínia e Capuava, os petroleiros das duas refinarias pararam em apoio à greve nacional da educação, que lutam contra o corte de verbas e contra a reforma da Previdência.
Em Aracaju, os manifestantes bloquearam um dos acessos ao campus da Universidade Federal de Sergipe. Estudantes também se concentraram na porta do Instituto Federal de Sergipe (IFS).
Em Palmas, no Tocantins, estudantes fecharam o portão de entrada da Universidade Federal e Estadual do Tocantins.
Greve nacional da educação