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Urbanitários convocam militância em Brasília contra a privatização do saneamento

Atos nestas terça e quarta, dias 6 e 7, é essencial para a luta contra a aprovação da Medida Provisória MP 844/2018, que altera o marco legal do saneamento no país, diz trecho da nota de convocação

Publicado: 05 Novembro, 2018 - 11h54

Escrito por: Redação CUT

Fenae
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A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA) convocam a militância - movimentos sociais e sindical e a classe trabalhadora - para a luta contra a aprovação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado da Medida Provisória MP 844/2018, que altera o marco legal do saneamento.

Em nota assinada pelo presidente da FNU, Pedro Blois, e pelo coordenador da FNSA, Arilson Wünsch, as entidades também orientam a militância a pressionar os parlamentares para que NÃO votem a favor do projeto que privatiza o saneamento no país.

A MP da Sede e da Conta Alta, como a medida é chamada pelos movimentos que lutam contra a privatização de serviços básicos e fundamentais para a população, aprovada na última quarta-feira (31) pela Comissão Mista formada nas duas Casas legislativas, obriga as prefeituras a contratarem empresas privadas para realizar serviços de água e esgoto. A proposta foi convertida no PLC 28/18 (PLC da Medida Provisória 844), que seguiu para votações nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado

Segundo a nota da FNU e da FNSA, que convoca para atos em Brasília nestas terça e quarta, dias 6 e 7, é essencial acompanhar a seção na Câmara dos Deputados que deverá pautar a votação da MP 844/2018. “Vamos fazer pressão para não votarem ou para que votem contra a MP”, diz trecho da nota, que ressalta: “o prazo da MP vence dia 19/11”.

As entidades dizem, ainda, que até o final de outubro, haviam conseguido impedir a eleição do presidente e do relator e, com isso, a Comissão não pode funcionar. Só que no último dia do mês, o governo do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) e os parlamentares, já articulados com a ‘turma’ do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e as empresas privadas do setor, montaram uma tropa de choque com pessoas contratadas para ocupar espaços na sala da Comissão e, com isso, impedir a entrada dos opositores. Eles também distribuíram um manifesto apócrifo em defesa da MP.

Segundo a FNU e a FNSA, os parlamentes presentes na comissão que analisaram a MP e foram favoráveis à privatização da água são os deputados Hildo Rocha (MDB/MA), Leonardo Quintão (MDB/MG), Alfredo Kaefer (PP/PR), Bruno Araújo (PSDB/PE), Evandro Gussi (PV/SP), Pedro Fernandes (PTB/MA), Vinicius Carvalho (PRB/SP); e os senadores Valdir Raupp (MDB/RO); Garibaldi Alves (MDB/RN); Cristovam Buarque (PPS/DF); Flexa Ribeiro (PSDB/PA); e Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE).

Entre os parlamentares que votaram contra estão os deputados Tadeu Alencar (PSB/PE); Glauber Braga (PSOL/RJ); Bohn Gass (PT/RS) e Afonso Florence (PT/BA).

As entidades orientam a militância a denunciar de forma massiva nas redes sociais os deputados e senadores que votaram pela privatização da água e contra o povo.

É importante também focar as ações junto aos governadores, afirmam os líderes da FNU e FNSA, que enviaram uma carta aos governadores

Veja relação dos líderes dos partidos na Câmara para quem as entidades pedem para todos enviarem mensagens manifestação posição contrária a MP.

Veja a íntegra do comunicado que orienta como pressionar os parlamentares:

PRESSIONE OS PARLAMENTARES PARA VOTAREM NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO SANEAMENTO

As entidades ABES, Asseame, AESBE, ABAR, ABM, FNU, FNP, FNSA criaram uma campanha para envio automático de mensagens aos parlamentares contra a aprovação da MP 844/18.

Veja como enviar sua mensagem:

Manifeste-se CONTRA A MP 844, enviando mensagens aos parlamentares (deputados estaduais e senadores) de seu Estado. Para fazer isto, é muito fácil: clique aqui e, quando a página abrir, basta preencher o formulário com seu e-mail e o Estado em que reside. Depois, é só clicar em ENVIAR.

Você também pode enviar as mensagens diretamente do seu email e/ou telefonar para os gabinetes dos parlamentares.

Para pressionar líderes dos partidos e bancadas por e-mails ou telefones dos gabinetes, copiar exemplo de texto a ser enviado aos deputados e senadores, acesse a página da FNU.