Escrito por: CUT Pernambuco
Em 2021 nos encontraremos nas redes sociais e nas ruas lutando por emprego, distribuição de renda, democracia, vida digna, um país justo e vacina para toda a população.
Iniciamos 2020 com a certeza de que teríamos muitas lutas. Afinal, em 2019 Bolsonaro já tinha atacado nossos direitos e aprofundado o golpe de 2016.
Com a chegada da pandemia ficaram mais escancaradas as desigualdades: enquanto milhões perderam empregos, o comércio ambulante foi paralisado e pequenos serviços e comércios fecharam, algumas famílias ficaram mais milionárias. Enquanto lutávamos pelo auxílio emergencial até o final da pandemia e no valor de um salário mínimo, Bolsonaro só aceitava pagar R$ 200,00 e por três meses.
Enquanto bolsonaristas em carreatas defendiam a abertura total da economia e, confrontando a ciência, as pessoas que trabalham na saúde, nos cemitérios e motoristas, entre outras, arriscavam suas vidas para salvar a população.
Nesse contexto, aprendemos a fazer a luta de diversas formas: foram lives, assembleias e atos virtuais, bem como mobilizações virtuais no Congresso Nacional, por exemplo, o que contribuiu para a aprovação do auxílio emergencial e aprovação do Fundeb.
Contudo, não saímos das ruas, fizemos atos simbólicos importantes contra as reformas nocivas de Bolsonaro e denunciamos a entrega das estatais a preço de banana. Estivemos nas ruas em defesa do serviço público, da manutenção dos direitos da classe trabalhadora ao combater a proposta da carteira verde e amarela, e na defesa do auxílio emergencial, o qual não poderia ter encerrado em dezembro. Nas ruas desenvolvemos ainda mais a solidariedade de classe, Junto com o movimento social distribuímos quentinhas, cestas básicas e gás de cozinha através do Mãos Solidárias.
Também junto ao movimento social estivemos nas redes e ruas combatendo e denunciando a violência contra o povo negro, mulheres e população lgbtqi+.
O ano acabou com um saldo de mais de 192.000 mortes oficiais por Covid no Brasil e mais de 9.600 óbitos em Pernambuco. Mesmo assim, o indigno presidente briga com a ciência e brinca com a dor das famílias enlutadas. Dessa forma, esconde a dor de inúmeras pessoas, e familiares, que superaram a covid as custas de muito sofrimento físico e mental.
Se, o momento é difícil, lembremo-nos que já atravessamos muitas tormentas, que a classe trabalhadora é feita do suor da luta e da utopia cantada por poetisas e poetas libertários. Feita do verbo esperançar, conjugado por Paulo Freire.
Em 2021 nos encontraremos nas redes sociais e nas ruas lutando por emprego, distribuição de renda, democracia, vida digna, um país justo e vacina para toda a população.
Paulo Rocha – presidente da CUT Pernambuco